Região

A história de um vinho começa na vinha. Com uma área de 20 hectares, as vinhas do Poço do Canto, plantadas no solo xistoso característico da região, têm uma exposição solar excelente, nomeadamente a Sul, a uma altitude de 600m. A vinha é composta por diferentes castas que dão origem aos vinhos produzidos por Lucinda Todo Bom. Com destaque para a Touriga Nacional, podemos encontrar também Touriga Franca, Tinta Roriz, Sousão e Tinta Barroca.

As outras vinhas estão no concelho de Foz Côa, a uma altitude mais baixa, onde se produzem os vinhos generosos, como o vinho do Porto. As castas selecionadas são a Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinto Cão, Tinta Francisca e Alicante Bouschet.

Todas as vinhas estão inseridas na sub-região Douro Superior da Região Demarcada do Douro, classificada pela UNESCO, em 14 de Dezembro de 2001, como Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural e rodeada de montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares.

Enólogo Mateus

A vindima é manual, conforme a tradição, e é na adega do Poço do Canto que os vinhos de Lucinda Todo Bom começam a ganhar forma. Através dos métodos tradicionais de produção integrada, a vinificação é feita em cubas de inox com controlo de temperatura e estágio em madeira.

O engarrafamento é feito na adega do Poço do Canto, onde nada é deixado ao acaso. A cortiça de qualidade encerra este néctar que pode atingir uma longevidade de 20 a 30 anos.

O jovem enólogo Mateus Nicolau de Almeida começou em 2003 a produzir um vinho de excelente qualidade recorrendo a métodos tradicionais. Os vinhos necessitam, por isso, de um longo período de estágio em garrafa (entre 6 e 12 anos) para se tornarem verdadeiros néctares, prontos a ser saboreados pelos consumidores.

Rótulos principais

Na Lucinda Todo Bom, destacam-se dois rótulos principais.

O Fraga Alta foi o primeiro a ser registado em 1993 e começou a ser produzido em 1996, certificado pela Casa do Douro.

O Quinta dos Romanos é produzido no Poço do Canto desde 2003, com o início das funções do enólogo Mateus Nicolau de Almeida, que tem conseguido extrair o melhor da vinha. O terroir existente no Poço do Canto é específico, uma vez que o terreno é composto por uma transição xisto-granítica que lhe dá uma identidade muito própria.

Os vinhos distinguem-se pela influência do clima e qualidade do solo. O que os identifica é a frescura, a acidez natural e o facto de não necessitarem de grandes correções técnicas nem de trabalho complexo de enologia.